Deixa-me mergulhar, uma última vez
Fechar os olhos e me atirar
Até que o mar encha todos os meus poros
E tudo que eu sinta seja apenas água
Deixa-me sentir, uma vez mais
Algo que engula-me por inteiro
Que me consuma, por dentro e por fora
E afogue qualquer outra sensação
Deixa-me ver um vermelho tão intenso
Que marque, para sempre, minhas retinas
Até que eu não consiga ver nenhuma outra cor
A não ser o rubro carmesim
Deixa-me encontrar o tesouro que tanto anseio
Tão precioso que me faça trocar tudo por ele
Bens, nome, pessoas, a própria alma
Pelo extremo que tanto quero desfrutar