Enganosa é a força dos vivos
A vida, tão cheia de sons e movimentos
Não passa de fumaça e ilusão
Ocultando nossos reais feitos
Só são vistas quando passamos
Quando os vivos viram fantasmas
Aí sim conhecemos a sua força
E percebemos que seres pequenos
Viram fantasmas terríveis
Espíritos que se recusam a partir
Em marcas que nunca se fecham
E que criaturas vistosas
Tão belas e irresistíveis
Eram flores sem raízes
Levadas em um sopro ou dois
É só à noite, quando os mortos revivem
E os fantasmas lutam na escuridão
Que medimos, enfim, o seu real valor
E sabemos o que é eterno...e o que nunca podia ser